Nestes tempos em que me dedico ao puro ócio, actividade favorita dos que, como eu, cultivam a preguiça, estimam a remela e têm sérias dificuldades em compreender o porquê da criação e recriação de quotidianos laborais e apressados, dei por mim (frase lindíssima e atestadora de que o meu coração ainda pulsa... porque no dia em que alguém não der por si, ou está morto ou está louco e aí, nessa segunda situação, já não é o mesmo alguém, senão outro...) a pensar no seguinte. A saber:
Há duas formas de demostrar o sentimento, seja ele amoroso, seja de que natureza for (que às vezes se concatenam, mas nem sempre, e essa possibilidade em nada interessa agora ao que eu quero dizer): por
actos ou por
palavras [sim, tenho ido a muitas missas ultimamente...;-)]. Será alguma das formas superior à outra nalguma vertente (dúvida mentirosa porque, como será de esperar e tendo em conta o meu tempo livre já tenho cá as minhas ideias sobre o assunto)? Eu explico-me: pensemos no sentimento amoroso, por exemplo. Declarar-nos com belas palavras, assentes numa métrica que deslumbra exime-nos da necessidade e da responsabilidade de o demonstrar actuando? Mais, usar da palavra exímia e ilustrativa (sempre e apenas representativa, contudo) desculpa, encobre, indulgencia, enfim, a impureza ou ausência dos actos?
xxRita
P.S.- PL, espera por nós!:-D