Uma mão lava a outra, sendo que por vezes continuam as duas encardidas
Nestes tempos em que me dedico ao puro ócio, actividade favorita dos que, como eu, cultivam a preguiça, estimam a remela e têm sérias dificuldades em compreender o porquê da criação e recriação de quotidianos laborais e apressados, dei por mim (frase lindíssima e atestadora de que o meu coração ainda pulsa... porque no dia em que alguém não der por si, ou está morto ou está louco e aí, nessa segunda situação, já não é o mesmo alguém, senão outro...) a pensar no seguinte. A saber:
Há duas formas de demostrar o sentimento, seja ele amoroso, seja de que natureza for (que às vezes se concatenam, mas nem sempre, e essa possibilidade em nada interessa agora ao que eu quero dizer): por actos ou por palavras [sim, tenho ido a muitas missas ultimamente...;-)]. Será alguma das formas superior à outra nalguma vertente (dúvida mentirosa porque, como será de esperar e tendo em conta o meu tempo livre já tenho cá as minhas ideias sobre o assunto)? Eu explico-me: pensemos no sentimento amoroso, por exemplo. Declarar-nos com belas palavras, assentes numa métrica que deslumbra exime-nos da necessidade e da responsabilidade de o demonstrar actuando? Mais, usar da palavra exímia e ilustrativa (sempre e apenas representativa, contudo) desculpa, encobre, indulgencia, enfim, a impureza ou ausência dos actos?
xxRita
P.S.- PL, espera por nós!:-D
6 Comments:
aiiii! p'lo amor da santa! Tu vais mazé a ponte de lima beber pa esquecer essas reflexões! :p
*néme*
9/21/2008 4:56 da tarde
Porquê?
Já fui... e foi para esquecer!;-)
9/21/2008 10:23 da tarde
"E a certa altura não pude mais. E disse, e disse, secretamente, dificilmente.
E disse. Devagar. - Amo-te.
E ela sorriu. - Também te amo.
Uma palavra. Disse-a. Amo-te - uma palavra breve.
Quantos milhões de palavras eu disse durante a vida. E ouvi. E pensei. Tudo se desfez.
Mas houve uma palavra - meu Deus. Uma palavra que eu disse e repercutiu em ti, palavra cheia, quente de sangue, palavra vinda das vísceras, da minha vida inteira, do universo que nela se conglomerava, palavra total.
Uma palavra. Amo-te."
[Vergilio Ferreira]
9/27/2008 10:24 da tarde
Estão possuídas!!!!!!!! Gente feliz e apaixonada METEME MEDOOOOOOOOOOOOOOOOO :P
Gui
9/28/2008 1:52 da tarde
eu não tou apaixonada. Longe disso...
9/28/2008 2:27 da tarde
Gui, o post não tem nada a ver com isso... muito até com o contrário... Lê com outros óculos...;-)
xxRita
9/28/2008 4:12 da tarde
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